Uma Afirmação Inquietante 
Finalmente, ele me olhou e disse: “Lembro de você.” As palavras eram tudo o que eu sempre quis ouvir, mas algo em sua expressão me inquietou. Seus olhos, tão familiares, estavam vazios, sem emoção genuína. Não havia alegria nem dor, apenas uma frieza perturbadora. Ele parecia recitar uma história, não reviver memórias. Cada palavra soava ensaiada, quase mecânica.
Por mais que meu coração quisesse acreditar, algo dentro de mim dizia que aquilo não era suficiente. Depois do interrogatório, decidi levá-lo à casa onde crescera, na esperança de despertar algo. Mas, ao entrar, senti a ausência, o vazio. Ele estava distante, como se o lugar não tocasse sua alma.