Primeiro Contato
Com o coração acelerado, me aproximei devagar. “Seus desenhos são impressionantes”, comentei, tentando soar calmo, mas nervoso. Ele levantou os olhos, surpreso, mas permaneceu em silêncio. “Posso sentar?” perguntei. Ele acenou com a cabeça. Sentei ao seu lado, tentando manter a calma. Seus olhos azuis brilhavam com uma familiaridade que me fez estremecer.
Eram idênticos aos meus, os mesmos do meu filho. “Há quanto tempo você desenha?” perguntei, tentando parecer casual. Ele encolheu os ombros, sem desviar o olhar do caderno. “Há algum tempo.” A semelhança era impossível de ignorar. Eu estava perigosamente perto de uma resposta, mas sabia que isso mudaria tudo.